A Hesperian Symphony Orchestra vem a Portugal, concretamente ao Coliseu dos Recreios, representar, no dia 5 de novembro, a ópera ‘Nabucco’, de Giuseppe Verdi.
Nabucco é a terceira ópera de Giuseppe Verdi, mas é a que marca um antes e um depois na sua carreira de compositor. Com libreto de Temistocle Solera, foi escrita em 1842, durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e, por várias analogias, convocou o sentimento nacionalista italiano. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera (Va, pensiero, sull’ali dorate, "Vai, pensamento, sobre asas douradas") tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época.
Esta é uma ópera em quatro atos que decorre nas ruínas da moderna Palmira e conta a história do rei Nabucodonosor II da Babilônia que defrontou os hebreus e saqueou a cidade.
Resumidamente, Fenena, filha do soberano invasor e Abigail, suposta filha de Nabucco, apaixona-se por Ismael, sobrinho do rei de Jerusalém. Abigail descobre que não é filha de Nabucco, mas uma escrava adotiva e jura vingança. Nabucco proclama-se não só Rei, mas também Deus dos hebreus. Um raio castiga esta irreverência, fazendo cair a sua coroa. Aproveitando-se das demonstrações de loucura do rei, Abigail proclama-se soberana absoluta, condenando os hebreus à morte. Cativos e acorrentados, os judeus evocam nostalgicamente a sua pátria perdida. É hora do famoso refrão “Va Pensiero”. Zaccaria aproxima-se e tenta confortá-los, dizendo-lhes que o fim da Babilónia está próximo. Fenena converte-se ao judaísmo e é levada ao cadafalso. Nabucco tenta socorre-la e o rei ordena a destruição do templo do ídolo assírio e decreta liberdade imediata para os hebreus. Abigail aparece arrependida das suas más ações, é envenenada e tenta implorar perdão, no entanto, cai sem vida, enquanto Zaccaria coroa Nabucco como rei dos judeus.