Escrita há mais de 165 ano, a ópera “Rigoletto”, continua a ser bastante popular entre os amantes da arte em todo o mundo. E, nos dias 7, 9 e 10 de junho vai poder ser apreciada, ao vivo, em Portugal, no Coliseu Porto Ageas, Casino Estoril e Coliseu dos Recreios, respetivamente.
Com libreto de Francesco Maria Piave e baseada na peça “Le Roi s’amuse” do escritor francês Victor Hugo escrita em 1832, esta obra, composta por 3 atos, tornou-se num dos trabalhos mais conhecidos de todo o repertório de Giuseppe Verdi, com uma partitura magistral para barítono, soprano e tenor.
A peça foi alvo da censura francesa e não pôde apresentar-se durante dezenas de anos, mas suscitou o interesse de Verdi que procurava uma história marcante e com personagens de caráter forte para a sua nova ópera. A sua escolha também foi alvo da censura austríaca, à época potência dominante no norte de Itália. Esta considerou o texto de “uma moralidade repugnante e obscena trivialidade”. Depois de várias alterações, a ópera inicialmente intitulada “La Maledizione” passaria a chamar-se “Rigoletto” e a sua ação deslocou-se para o reino de Mântua que pertencia à família Gonzaga, entretanto extinta, o que permitia não ofender qualquer suscetibilidade. A sua receção foi apoteótica e, desde então, “Rigoletto” é uma das óperas iconográficas de Verdi e uma das mais representadas em todo o mundo.
Trata-se de uma história trágica de ciúmes, vingança e sacrifício, que se desenrola, maioritariamente, em torno do triângulo Rigoletto (corcunda e bobo da corte), o Duque de Mântua (aristocrata galanteador) e Gilda (filha de Rigoletto e apaixonada pelo Duque), sempre com o pano de fundo trágico relacionado com a maldição lançada por Monterone a Rigoletto e que viria a concretizar-se.
Escrita pelo italiano Giuseppe Verdi, com direção musical de Francisco Antonio Moya e direção de artística de Maria José Molina, esta é uma encenação clássica, vistosa, acompanhada pela Orquestra Filarmónica de La Mancha e onde as componentes principais da ópera estão presentes e representadas de forma bem percetível.
A 7 de junho no Coliseu Porto Ageas, 9 no Casino Estoril e 10 no Coliseu dos Recreios, poderá assistir a esta que é considerada como a primeira obra-prima de Giuseppe Verdi e que definiu a sua fama mundial.